Depois de um
longo tempo de calmaria, eis que segmentos da sociedade se insurgem. Jovens
estudantes e trabalhadores, levantam suas vozes de insatisfação. Em São Paulo,
sob o pretexto de protestar contra o aumento das tarifas nos transportes
coletivos, outras insatisfações reprimidas, motivam os insurgentes a enfrentarem
a dura repressão do Estado burguês. Nesse momento, cabe fazer uma pergunta:
onde estão as centrais dos trabalhadores e dos estudantes? Mais especificamente,
onde está a Central Única dos Trabalhadores – CUT? Essa central, nasceu em
oposição a uma geração de dirigentes sindicais, acusados com justiça, de
pelegos, mas o que se viu foi o engessamento dos sindicatos e o surgimento de
um “neopeleguismo” agregado a partidos como o PT e o PCdoB cuja prática é o deslavado
bloqueio das lutas operárias. Por sua vez, a tradicional União Nacional dos
Estudantes – UNE, sob a direção do PCdoB, perdeu qualquer caráter contestador
para se converter em uma instituição chapa
branca, a serviço dos governos petistas.
Segmentos
populares vão à rua rompendo as amarras de partidos e movimentos que se rotulam
de esquerda, mas que praticam um deslavado fisiologismo. À guisa de exemplo,
basta que se diga que a UNE recebeu a polpuda verba de 30 milhões de reais para
construir a sua nova sede e em troca disso, tem concedido o apoio incondicional
ao governo de plantão.
CUT e UNE
são centrais que não se colocam a serviço das causas populares e muito menos
dos interesses históricos dos trabalhadores. UNE e CUT transformaram-se em
instituições que cumprem o papel de manter sufocado os anseios populares. UNE e
CUT prestam-se, em última instância, a servir como muleta de sustentação da
ordem capitalista.
Em troca dos
serviços prestados, elas tem merecido o reconhecimento da burguesia que,
através do seu Estado, aufere-lhes algumas e tantas benesses. Os movimentos
populares que ganham às ruas das principais cidades do Brasil, tem o condão de
desnudar a natureza “neopelega” tanto da UNE quanto da CUT, assim como o
caráter nefasto de partidos como PT e PCdoB que hoje ostentam a condição de
partidos fisiológicos, para o pesar de tantos e quantos que acreditaram nessas
organizações políticas. Cai a fantasia e
a luta recomeça!
concordo. vamos aproveitar o momento e levar bandeiras anticapitalistas para a rua. é só marcar dia e hora. estaremos juntos. podemos ajudar com faixas: "fechem com os bancos privados" ou "vamos estatizar a saúde" ou "só escolas públicas". é claro que não teremos mídia de tais dizeres, mas as pessoas que foram as ruas também não precisaram das mídias ortodoxas, no entanto as pessoas que programam tais atos, aparentemente são bem de vida e não estão nem ai para o capitalismo e, creio, em maior parte nunca nem andaram de transporte coletivo. Com as faixas, eles nos expulsam ou caso nos venham a nos apoiar no outro dia a mídia formal cumpre sua tarefa de abafar as manifestações.
ResponderExcluirAinda assim vamos lá. Temos que tentar. Vamos à rua. Disso não abro mão.