quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

A república do Sarney



A república do Sarney

            Hoje, ocupa as manchetes de toda a imprensa a violência verificada no presídio de Pedrinhas, em São Luis, estado do Maranhão. Aliás, o feudo da família Sarney apresenta sempre com os índices mais alarmantes no que diz respeito às questões de ordem social. Concentração de miséria, ausência de serviços públicos, déficit assustador no que diz respeito à habitação, precariedade extrema na saúde e na educação, para falarmos apenas em algumas das mais gritantes mazelas sociais.
            Há uma macabra disputa entre Maranhão de Sarney e Alagoas de Renan Calheiros. Uma disputa para quem se coloca em primeiro lugar em desigualdade, injustiça e violência. É evidente que essas chagas sociais estão acompanhadas de um alto nível de corrupção. Coincidentemente, Renan e Sarney são lideranças do PMDB. E, é oportuno lembrar que, com esse PMDB, o PT de Lula tem uma relação íntima, simbiótica, coisa que não se verificava no tempo do PMDB ideológico, liderado por Ulisses Guimarães, Mário Covas, Franco Montoro. Disso se pode concluir que os delinquentes políticos se entendem e, esse quadro demonstra, cabalmente, o nível de degradação a que chegou a pútrida república brasileira.
            Sim. Porque os males que afligem os feudos do Maranhão e Alagoas estão presentes, em maior ou menor nível, nas outras unidades da Federação. Não se imagine, porém, que se trata de uma questão de governos. A questão é do próprio sistema capitalista, exaurido, incapaz de oferecer qualquer nível de esperança à nossa população, enquanto se presta a servir de banquete para que se locuplete a fina flor dos políticos fisiológicos que hoje reinam.
            Diante da fratura exposta pelas rebeliões e crimes dos marginais de São Luis, só existe paralelo nos crimes praticados pela bandidagem de colarinho branco. Nessa república capitalista, o “rigor” da lei só alcança o delinquente pobre e deixa a salvo os delinquentes ricos e influentes. Casos emblemáticos são Paulo Maluf, Renan Calheiros, José Sarney, Collor de Mello, Michel Temer, Romero Jucá e outros íntimos aliados do PT lulista.


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