quarta-feira, 16 de abril de 2014

CANALHAS POR CANALHAS



CANALHAS POR CANALHAS

            A esquerda direitosa, linha auxiliar de sustentação do capitalismo nesses últimos 90 anos, procura, hoje, no Brasil, nos induzir a erros políticos. Procuram dizer que existem em disputa, dois projetos. O Primeiro seria o neoliberalismo, encampado pelo PSDB, DEM e PPS. Esses partidos seriam a direita e, suas figuras maiores seriam Serra, Geraldo Alckmin e Aécio Neves. Enquanto isso, o segundo grupo político teria, como projeto, o nacional-desenvolvimentismo, respaldado, teoricamente, nas postulações do sr. Celso Furtado. Esse segundo segmento estaria representado, essencialmente, pelo PT, PCdoB, PSB e, em uma estranha composição, também pelo PMDB fisiológico de Michel Temer e sua turma. Esse estranho conglomerado político representaria a esquerda no Brasil. Complicando mais ainda, temos nesse campo a presença de partidos fisiológicos, cuja figura emblemática seria Paulo Maluf, expressão maior da corrupção, mas hoje irmanado com essa dita esquerda.
            Ora, aos verdadeiros socialistas, pouco interessa se enredar nesse falso dilema, pois a sua intenção não se limita aos estreitos limites dessas disputas, uma vez que o seu projeto é o da superação do capitalismo, através da ruptura com a ordem vigente.
             Disse um certo intelectual da esquerda direitosa, ostentando seus títulos acadêmicos, que era preciso levar a candidatura do PT, na cidade de São Paulo, à vitória, para evitar, segundo ele, o sucesso da tucanalha. É preciso ter em conta, entretanto, que, canalhas por canalhas, vamos encontrá-los fartamente, tanto na facção dita neoliberal, como entre os nacionais-desenvolvimentistas, hoje em íntima convivência com figuras desprezíveis do cenário político.
            Assim sendo, cabe da nossa parte, socialistas revolucionários, repudiar com todo rigor essa falsa dualidade, uma vez que esses agrupamentos caracterizam-se tanto pelo oportunismo como pelo fisiologismo, levados às últimas consequências. A disputa nesse âmbito não passa de direita contra direita, não havendo a menor conotação de esquerda nesse cenário.

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