“O
petróleo é nosso”
As
terras da pátria são do patrão; as fábricas da pátria são do patrão; as minas
da pátria são do patrão; os bancos da pátria são do patrão; o grande comércio
da pátria é do patrão. Isso nos leva a concluir que a pátria é, antes de tudo,
do patrão. Mas, espertamente, os patrões, no caso, a burguesia, semeia a ideia
de que “o Brasil é um país de todos”; diz, descaradamente, que o Banco do
Brasil é do Antônio, do Pedro, da Maria... Em outras palavras, é do interesse
da burguesia que tenhamos o sentimento patriótico, pois esse sentimento serve
muito bem aos interesses deles e, para isso, não deixam de cantar que “nosso céu
tem mais estrelas, nossas várzeas têm mais flores, nossos bosques têm mais
vida, nossa vida mais amores”.
Uma
das lorotas dessa infame campanha patriótica veio à luz através da luta em
torno do “Petróleo é Nosso”, quando, na verdade, todas as riquezas estão em
mãos da burguesia. Por ingenuidade e desinformação, o povo despossuído
acreditou na veracidade dessa campanha. Mas, quem levou a sério, e muito a
sério, a ideia de que o petróleo é “nosso” foi o PT, que, durante sua gestão,
permitiu o definhamento da Petrobrás e o exercício de atos considerados
ilícitos. Em função disso tramita, no Congresso, a criação de uma Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os fatos e o PT se movimenta para
desfigurar a investigação, incluindo os escândalos relacionados aos governos de
São Paulo e de Pernambuco, criando o seguinte clima: Caso vocês queiram pôr a
nu as nossas falcatruas, nos empenharemos em desnudar vossas maracutaias.
Por
si só, essa conduta merece nossa rejeição, pois calcada na chantagem que
possibilite a impunidade para ambas as partes, quer dizer, para os petistas e
os tucanos; ou melhor, para os petralhas e os tucanalhas.
Lembramos
o fato de que o PT, quando se lançou como um Partido dos Trabalhadores, se
propunha em ser uma agremiação diferente; porém, ao invés de defender os interesses
históricos da classe laborial, cultiva uma estreita intimidade com políticos da
estirpe de Michel Temer, José Sarney, Jader Barbalho, Renan Calheiros, Regis
Jucá, Paulo Maluf, Collor de Melo e outras figurinhas carimbadas do
fisiologismo.
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