terça-feira, 28 de junho de 2011

PARADA GAY


Em outras oportunidades, temos dito que o direito dos gays reduz-se unicamente ao direito de sê-lo, sem repressão, sem preconceito, sem discriminação. Assim, porém, como a maioria da sociedade deve ter um compromisso com a reivindicação dos gays em sua plenitude, em contra partida, seria de bom grado que a massa de homossexuais tivesse um comportamento solidário e combativo diante dos inúmeros problemas sociais que enfrentamos: a fome, o desemprego, os baixos salários, a falta de moradia, a violência, as drogas e tantas quantas chagas sociais existem nesse nosso universo penalizando bilhões de pessoas.

Seria compreensível que os homossexuais não se voltassem apenas para os aspectos fúteis com seus gestos de exibicionismo e se juntassem a todos os discriminados e oprimidos, para numa jornada comum ir à verdadeira causa desses males sociais, com o objetivo determinado de pôr um fim a tamanhas chagas.

Para tanto, é necessário que respondamos a uma pergunta: quem é responsável por essas desgraças sociais? Alguns com toda razão diriam: é o sistema sócio econômico vigente e isso é o mesmo que dizer: o responsável pelos nossos infortúnios é o sistema capitalista. A bandeira gay, a bandeira racial e a bandeira feminista são passíveis de serem absorvidas pelo capitalismo. À burguesia o que importa é o lucro; isto sim é o fundamental, mesmo que tenha no comando da nação capitalista mais avançada um negro ou uma mulher ou um gay hipocritamente contido. Portanto, é necessário termos em mente que essas chamadas lutas específicas de tanta importância não ultrapassam o universo do sistema capitalista, pois não coloca esse sistema em perigo.

Contrariamente, se esses movimentos específicos ultrapassarem a sua própria limitação, abraçarem com a devida bravura o anticapitalismo estarão então, levando avante, de mãos dadas, gays, negros, mulheres, índios e tantos discriminados para um objetivo bem maior, que é o de transformar uma simples parada numa monumental ciranda de igualdade, liberdade e respeito. Eis a nossa luta!

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