terça-feira, 13 de dezembro de 2011

GRANDE PALHAÇADA




            Uma pessoa no topo de uma montanha, a refletir sobre o mundo haveria de constatar que esse mundo é repleto de tragédias, dramas, momentos de alegria e de amargura. É claro que tudo isso não é movido por forças ocultas e caprichosas que se dão ao trabalho de desenhar os nossos destinos, sejam eles, dos ricos, repleto de alegria ou da massa de desvalidos, predestinados a amargarem uma vida de dissabor, habitando favelas, vivendo nos charcos ou até mesmo esmolando.
            Os absurdos são tantos, que os desencontros são infinitos, e a vida, se apresenta como uma sucessão de fatos embaralhados. A história da humanidade tem as suas leis e ela caminha em sua obediência, quase sagrada. Mas o que nos chama a atenção é o fato de que nossas vidas são conduzidas por conceitos, pré-conceitos, lendas, fantasias, mentiras... Uma das grandes mentiras, que é espalhada mundo afora, chega a ter o odor repelente da palhaçada. E elas não são poucas também, apenas pouco a percebemos. Dentre esse conjunto de palhaçadas, que formam as nossas crenças, os nossos saberes, os nossos valores, existem aqueles que se revestem de uma roupagem popular e existem aqueles que se revestem da purpurina da erudição. Mas, ambas, mentirosas, ambas palhaçadas. Tipo: “o petróleo é nosso”, “a Amazônia é nossa”, “as terras são nossas”, “as minas são nossas” e até “os bancos são nossos”...
            Com a derrota da Revolução Russa, os princípios foram substituídos pelos dogmas, e assim estabeleceu-se: nação opressora x nação oprimida. O velho Manifesto Comunista, esteio dos princípios do socialismo revolucionário, foi jogado na cesta do lixo, e a velha frase: “A tarefa de libertação dos trabalhadores, será obra dos próprios trabalhadores”, foi substituída pelo dogma de partidos libertadores, uma fraude, uma grande palhaçada. Cabe-nos tentar demover todo esse entulho que o stalinismo nos legou nesses últimos noventa anos de existência. E isso é uma tarefa da maior urgência histórica possível e dela não podemos renunciar sob pena do suicídio social.
           

3 comentários:

  1. i.g.cavalcante50@hotmail.com13 de dezembro de 2011 às 11:26

    Camarada Gilvan Rocha, gostaria de ouvir sua opinião a respeito do assunto abaixo: quanto ao artigo, farei comentário posteriormente.
    O PSOL/Ceará, deu um passo muito importante com a criação de um Coletivo de Formação Política. Entendemos que é absolutamente indispensável a formação de quadros, dentro do conceito de socialismo científico, observando os preceitos de Karl Marx e Friedrich Engels. O Coletivo de Formação Política, aqui no Ceará, não tem corrente política, não defende pessoas, defende princípios e idéias. Estamos certos, que teremos grandes resultados, dentro dessa corrente de pensamento.

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  2. Grande amigo Gilvan, obrigada pelo envio do livro "ABC Do Comunismo". Admiro-te cada vez mais. Grande abraço.

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  3. Prezado Gilvan.
    Leitor assíduo dos teus textos, siceramente não gostei do têrmo "palhaçada", acho que deveria usar outro adjetivo, pois "palhaçada" pertence ao mundo do circo.Há uma confusão muito séria a esse respeito.

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