quarta-feira, 29 de agosto de 2012

ELEIÇÕES EM FORTALEZA




     Considerando os rótulos, temos, na disputa eleitoral de Fortaleza, dois candidatos trabalhistas, quatro socialistas, sendo um deles auto proclamado de “ marxista-leninista-trotskistas” e um candidato comunista. Apesar desse perfil “avançado”, a disputa eleitoral está aportada no principio de que a cidade em foco, é um espaço de cidadania. Esse discurso é reflexo da superada Revolução Francesa de 1789.
       Fortaleza, tida como espaço de convivência, desconhecendo-se o fato de existirem nele classes e camadas sociais com interesses distintos e conflitantes,serve aos interesses da burguesia. Em decorrência desses “equívocos”, a campanha eleitoral descamba para as promessas mirabolantes e até irresponsáveis, enquanto alguém resvala para uma postura de natureza poética, tipo a volta das cadeiras nas calçadas ou mesmo “Fortaleza Bela” que se mostrou e tem se mostrado uma retumbante fraude.
    Temos insistido em denunciar o discurso corrente da cidadania. Trata-se de uma manobra política, bem sucedida, levada a cabo pelos tribunos e vastos seguimentos da intelectualidade, cujo objetivo é revogar a luta de classes e propor um falso consenso, em nome da cidade ou do país, e isso é falso.
    Alias, a academia burguesa, com o beneplácito de setores da chamada esquerda, tem procurado promover uma “revolução” semântica. Em lugar de burguesia, vem o conceito impreciso de elite. Confundem, por conveniência ou má informação, os conceitos de governo e poder. Usam, abusivamente, o conceito de república na intenção de que ela é isenta dos interesses de classes e se presta a cuidar da “coisa pública”, e isso é mentira. Praticam, pelas razões postas, um incorreto conceito de Estado, tratando-o como instituição do povo em conflito com instituições privadas. É o reino da confusão conceitual com implicações do fazer político. É hora de corrigir caminhos. É hora de levantar a bandeira do anti-capitalismo e dar proposição do projeto socialista para o conhecimento das massas trabalhadoras.

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