segunda-feira, 24 de março de 2014

Boa Gente



Boa Gente
                                                                          
            Em todo canto encontramos gente boa. Na Igreja Universal do Reino de Deus há uma imensa legião de pessoas dotadas de boa fé. A mesma coisa acontece na Igreja Católica, quando padres carismáticos chegam a reunir um milhão de pessoas; ali, também, a imensa maioria é formada de pessoas honestas e crédulas.

Isso vamos encontrar, ainda, nos diversos partidos, autoproclamados de esquerda, sejam eles o PCB, o PCdoB, o PT, o PSB, o PSTU, o PCO, o PSOL... A maioria dessa gente, de sã consciência e do mais profundo sentimento, desejaria ter um mundo diferente do que hoje nós temos. A maioria dessa gente se empenharia em demover nossas chagas sociais, como a fome, o desemprego, os baixos salários, as favelas, a prostituição, a corrupção, as drogas e tantas outras. Ocorre que, por razões compreensíveis, essa multidão de boa gente não tem acesso à informação correta quanto à causa real de tantos desacertos. Baseados nesses inegáveis fatos é que conclamamos a todos aqueles que tenham ciência de que a causa das desgraças sociais reside num sistema socioeconômico esgotado, que responde pelo nome de capitalismo, tenham a devida paciência em dialogar com todos. Em nada contribui nos achegarmos tão somente aos que pensam como nós. Não contribui a intolerância, xingando os que não têm a mesma percepção, de imbecis, alienados, reacionários e outros tipos de detratação.

Não seríamos nós, uma imensa minoria dotada de presumido conhecimento político, que teríamos a força de transformar o mundo e construir uma outra realidade, calcada na igualdade social, na justiça e na paz. Não. Essa tarefa, esse milagre da transformação só poderá ser levado a cabo pelo povo, pois essa é a única força capaz de desconstruir o capitalismo e construir uma nova ordem econômica e social. Sendo assim, cabe que tenhamos a devida disposição em lidar com as diferenças. É necessário que tenhamos em conta de que somos comprometidos com a verdade e a felicidade social e, dessa forma, é nosso dever discutir as nossas diferenças, de forma democrática e respeitosa.

Não acreditamos que o caminho do sectarismo, levado às últimas consequências, possa nos conduzir a resultados positivos para o nosso propósito de promover, conjuntamente, a emancipação da humanidade e, assim, evitar a tragédia total que nos arrasta esse sistema capitalista exaurido.

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