quarta-feira, 23 de abril de 2014

Alternância no Poder?



Alternância no Poder?

                                                                                    
            A burguesia domina o mundo através de mentiras políticas. Dentre elas, está essa lorota de que, na democracia burguesa, existe alternância de poder. Já dissemos que o poder não é rotativo, o que é rotativo são os governos. Esses governos representam propostas de políticas econômicas. Enquanto isso, o poder representa a própria natureza da economia o que, no nosso caso, é a economia capitalista.
            Uma pergunta torna-se pertinente: onde estão os cientistas políticos, daqui e dali, que não denunciam essa grotesca fraude, que confunde governo com poder? Onde estão os “marxistas-leninistas” que não protestam contra esse embuste da cavilosa burguesia?
            Temos dito que as tão veneradas universidades, no capitalista, têm dois objetivos precípuos. O primeiro deles é formar técnicos e cientistas que deverão prestar seus serviços ao sistema. Lembremos que o bombardeio atômico de Hiroshima e Nagasaki, não teria sido possível, não fosse o empenho e a eficácia de técnicos e cientistas, provindos das academias e bem remunerados. O segundo objetivo das universidades é formar ideólogos para bem servirem às classes ora dominantes, defendendo conceitualmente, a ordem estabelecida.
            A burguesia, repetimos, ampara-se no império da mentira. Algumas delas têm raízes milenares. Outras são mais modernas. Existem aquelas produzidas pela grande Revolução Francesa que, ainda hoje, povoam a cabeça dos chamados políticos progressistas e de seus inúmeros bacharéis, mestres, doutores e pós-doutores. Dessas mentiras modernas destaca-se uma pérola, o famoso “Estado de Direito”. Ora, no capitalismo, o Estado é o guardião da ordem socioeconômica vigente e, assim sendo, não passa de um Estado de direita, conservador.
            O estado burguês apresenta-se de duas formas: o estado de exceção, chamado de ditadura, e o Estado de Direito, dito democrático e isso é, do ponto de vista da sua essência, um falso conceito e ele faz a cabeça da maioria dos intelectuais, inclusive os ditos “marxistas-leninistas” e “marxistas-leninistas-trotskistas”.

2 comentários:

  1. Este é um debate recorrente e, a meu ver, equivocado, principalmente para alguém que defende este ente mítico chamado "socialismo livre". Em um artigo que escrevi após debate com um grupo de marxistas da UNICAMP, afirmo: "Uma desculpa recorrente dos marxistas é que a democracia capitalista tem participes privilegiados da ordem social com acesso privilegiado ao exercício do poder, sujeitando a maioria às suas decisões, o que distorce e inviabiliza a democracia.

    Isto é apenas o insidioso totalitarismo colocando seus ovos. A ideia de que não temos uma verdadeira democracia porque que temos injustiças e “participes privilegiados da ordem social” é uma armadilha retórica que traz subjacente a conclusão que não temos uma democracia, mas sim uma ditadura, o que nos leva de volta ao velho papo marxista de que minha ditadura é melhor que a sua."
    O artigo pode ser lido na ítegra aqui: DEMOCRACIA SOCIALISTA
    http://questoesrelevantes.wordpress.com/2014/03/02/democracia-socialista-e-o-saci-perere-da-ciencia-politica-nao-passa-de-folclore/

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    1. Caro Paulo Falcão,

      Dentre muitas e muitas injustiças históricas, destaca-se o fato de que o marxismo passou a ser confundido com as distorções do stalinismo sob os carimbos do “marxismo-leninismo” e do “marxismo-leninismo-trotskismo”. A Rosa Luxemburgo dizia: “Pode haver liberdade sem haver socialismo, mas não pode haver socialismo sem liberdade”.

      Dessa forma, fica fácil concluir que os indevidamente chamados países socialistas não passam de uma fraude.

      Concordo com você, caro amigo, nunca encontrei a chamada democracia socialista.

      Abraço

      Gilvan Rocha

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