quarta-feira, 10 de abril de 2013

A serviço das “elites”




            Os dirigentes do Partido dos Trabalhadores, em tempo bastante recente, vociferavam contra as “elites”. A rejeição aos políticos que representavam os interesses dessas “elites” era sumário, não havendo a menor possibilidade de aproximações e, muito menos, de alianças. Esse ímpeto político, fazia com que o velho PT não só se negasse a participar, em 1984, do Colégio Eleitoral, por julgá-lo espúrio, como também não se propunha a qualquer entendimento com o velho PMDB de perfil ideológico, pois os seus representantes eram tidos como militantes na defesa  dos abomináveis interesses das “elites”.
            Depois do PT, capitaneado por Lula e José Dirceu, tornar pública a “Carta ao Povo Brasileiro”, onde selava a sua adesão às linhas mestras do Plano Real e assegurando que o grande capital, nacional e internacional, poderia ficar tranquilo, pois a possível vitória de Lula da Silva não haveria de ferir os seus interesses. Lula, presidente, cumpriu a sua promessa de servir aos interesses da burguesia, ou seja, das tão demonizadas “elites”. Para isso, não teve o menor escrúpulo em estabelecer íntima aliança com o que existia de mais pútrido na história da República. Foi com os elementos mais identificados com o fisiologismo e a corrupção, que o seu governo se irmanou. Terminado o seu mandato, o agora, ex-presidente, em troca de fartos ganhos, desempenha o papel de caixeiro viajante, em busca de bons negócios para capitalistas brasileiros.
            É sempre repetido o discurso da burguesia, dizendo que os seus interesses privados são os interesses do Brasil. É em nome, então, do Brasil, que Lula diz costurar bons negócios para ricas empresas, destacando-se entre elas, a empreiteira Odebrecht, que não só financia as andanças do ex-presidente, como lhe proporciona viagens, inclusive através de seus jatinhos no cumprimento de sua “sagrada e patriótica missão”.
            Em nome da verdade, devemos refutar esse discurso de que os negócios privados, levados a cabo através da participação da figura do ex-presidente, mundo afora, seja feita em nome da “pátria amada”. Devemos ter claro que, no capitalismo, pátria e patrão são figuras simbióticas. Pátria é uma expressão sempre usada para esconder interesses escusos, interesses imorais, como as guerras, por exemplo. Lula deveria ter outros meios de ganhar a vida com honradez e nunca jogar tão triste papel.

Um comentário:

  1. O presidente e companheiro Lula permitiu a melhoria de vida da classe trabalhadora brasileira, bem como de todos os demais brasileiros. Ele foi eleito para isso. Ele não foi candidato a consertar o mundo. Ademais o governo sempre foi de coalização com outros partidos. Quando só, o PT não conseguiu eleger o Lula. Paz e Amor.

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