quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Cadê Amarildo?

Amarildo, ajudante de pedreiro, preto, pobre e favelado, tinha tudo para se tornar um suspeito, aos olhos da repressão. Na condição de suspeito, foi levado de sua casa para uma Unidade de Polícia Pacificadora – UPP, instalada na favela da Rocinha, na cidade do Rio de Janeiro. Foi levado para averiguação e nunca mais foi visto. Esse episódio tem servido para revelar o caráter de intolerância do Estado burguês, onde predominam os preconceitos.
Pobres, pretos e favelados devem ser vigiados e reprimidos com toda a violência que esse Estado possui. O caso tem repercutido mundo a fora, e põe por terra, o falso discurso de que vivemos uma plena democracia e que nela os direitos humanos são respeitados.
Outro fato que fica às claras, é que o deputado fascista, Marco (in)Feliciano, eleito presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Câmara Federal, com a aquiescência oportunista, tanto do PT quanto do PC do B, não vem a público clamar contra a violência cometida a pessoa de Amarildo, o desaparecido. Ao invés de se posicionar diante do fato, mesmo que saibamos ser os Direitos Humanos impossíveis de se viabilizar nos limites do capitalismo, o citado deputado mantém o mais vergonhoso silêncio.
Enquanto à pergunta “onde está Amarildo?” persiste, e atinge todos os rincões do planeta, o governo do sr. Sérgio Cabral, através dos seus prepostos, desmancha-se em desculpas e se empenha em manobrar os fatos para não turvar a já emporcalhada polícia.
Cabe-nos compreender que, não obstante a repercussão dada, ele, Amarildo, não é o único, pois, fatos semelhantes se repetem dia a dia, hora a hora e não podemos ter a esperança de ver superada essa realidade tão cruel que não seja através da superação da ordem socioeconômica vigente, a ordem capitalista, cuja essência está na busca do lucro, a qualquer custo, para uma minoria, a classe burguesa.

A partir dessa compreensão, não só devemos resistir à sanha violenta dos opressores, mas devemos tentar, de toda maneira, superar esses fatos tão avessos aos Direitos Humanos, e buscar a construção de uma nova ordem, onde possa reinar a igualdade e, por conseguinte, a justiça e a paz. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário