Em um passado
recente tivemos, no Ceará, o “escândalo dos banheiros”. Nele foram envolvidos
parlamentares e “lideres” comunitários. Pelo que se vê, é provável que os
responsáveis, não recebam a punição merecida. Avizinha-se um novo escândalo. Será
o escândalo das cisternas de placa. Essas cisternas servem para armazenar água,
de forma que possa acudir os sertanejos.
Verba federal
tem sido destinada a financiar a construção dessas cisternas. Porém tem
acontecido, reiteradamente, o desvio de verba na realização desse tão
importante programa. Além de outros expedientes excusos, dá-se que, tem sido
constatado fraudes no processo de construção. Ao invés de dez sacas de cimento,
por exemplo, emprega-se tão somente seis sacas e, em decorrência disso, tem-se
um produto precário que haverá de se inviabilizar, em curto prazo.
Ai está o
grande problema enfrentado pelos governos, no capitalismo. Todos os programas
de ação social de grande importância terminam por se inviabilizar, em função do
fato de que, a malha executiva que gerencia essas iniciativas termine sendo
contaminada, impiedosamente, pelas práticas de desvios de recursos, pela prática
deslavada da corrupção.
O Brasil, país
periférico do capitalismo, é dotado de práticas, nada “republicanas” que
impossibilitam uma gestão profícua dos recursos destinados a promover
resultados mitigantes, diante das condições de vida do povo. Esse quadro é
ainda mais veemente na região do nordeste brasileiro onde as carências são mais
profundas.
É uma vã ilusão
se imaginar que é possível moralizar o capitalismo. Esse sistema, em sua fase
aguda de exaustão é, intrinsecamente, corruptor e corrupto. Comprovando essa
afirmação aí estão os escândalo que se sucedem, a começar por episódios extremamente
danosos, como foi o caso do mensalão. Assim sendo, ao invés de se querer
moralizar esse sistema sócio econômico o mais correto e mais consequente é
denunciar a natureza pervertida do capitalismo, que se baseia na mais violenta
exploração do homem pelo homem.
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