sexta-feira, 17 de maio de 2013

“O nosso país”




A burguesia, muito esperta, não diz nossas terras, nossas fábricas, nossas minas, nossos bancos, nosso grande comércio, nossas empresas de transporte. Ao invés de dizer que eles são os donos do Brasil, eles usam o truque de falar “nosso país”. Em nome dos seus lucros, do seu enriquecimento, a burguesia fala em crescimento nacional.
Quando o ex-presidente, ex-metalúrgico, ex-proletário, Lula da Silva, “o cara” na expressão do Barack Obama, faz suas viagens em busca de bons negócios para os empresários sediados no Brasil, ele diz: estou empenhado em buscar vantagens para o “nosso país”. Isto é uma deslavada mentira, porém essa mentira, que serve para enganar o povo, tem os seus resultados favoráveis à esperta burguesia. Isso porque, através de um intenso trabalho, o sistema capitalista consegue, por meio de seus aparelhos ideológicos, colocar na cabeça do nosso povo, que devemos viver e morrer em defesa do “nosso país”, em defesa da “nossa pátria”.
Não percebem os nossos trabalhadores, as nossas donas de casa, a nossa juventude, regra geral, que pátria e patrão têm uma estreita unidade. Seria papel dos partidos que se reivindicam comunistas e socialistas, irem ao povo e denunciar essa fraude consubstanciada na expressão propagandística: “Brasil, um país de todos”. Esses partidos que se rotulam comunistas e socialistas, ao invés de desmascarar as enganações, as mentiras da burguesia, tudo fazem para reforçar esses discursos, quando levantam bandeiras do tipo: “o petróleo é nosso”, “a Amazônia é nossa”, “o Banco do Brasil é de Pedro, Paulo, José, Ana”.
Diante desse quadro de cinismo, dobram as nossas responsabilidades em desconstruir essa ação nefasta e construir uma verdadeira consciência popular que leve a enxergar, no capitalismo, o inimigo real de todos os explorados e oprimidos. É de nossa responsabilidade, como gente consciente, a tarefa de, mesmo diante de tantas adversidades, levantar bem alto a proposta de construção de uma nova ordem econômica social que permita a existência da igualdade, da justiça e da paz.

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