A burguesia,
muito esperta, não diz nossas terras, nossas fábricas, nossas minas, nossos
bancos, nosso grande comércio, nossas empresas de transporte. Ao invés de dizer
que eles são os donos do Brasil, eles usam o truque de falar “nosso país”. Em
nome dos seus lucros, do seu enriquecimento, a burguesia fala em crescimento
nacional.
Quando o
ex-presidente, ex-metalúrgico, ex-proletário, Lula da Silva, “o cara” na
expressão do Barack Obama, faz suas viagens em busca de bons negócios para os
empresários sediados no Brasil, ele diz: estou empenhado em buscar vantagens
para o “nosso país”. Isto é uma deslavada mentira, porém essa mentira, que serve
para enganar o povo, tem os seus resultados favoráveis à esperta burguesia.
Isso porque, através de um intenso trabalho, o sistema capitalista consegue,
por meio de seus aparelhos ideológicos, colocar na cabeça do nosso povo, que
devemos viver e morrer em defesa do “nosso país”, em defesa da “nossa pátria”.
Não percebem
os nossos trabalhadores, as nossas donas de casa, a nossa juventude, regra
geral, que pátria e patrão têm uma estreita unidade. Seria papel dos partidos
que se reivindicam comunistas e socialistas, irem ao povo e denunciar essa
fraude consubstanciada na expressão propagandística: “Brasil, um país de
todos”. Esses partidos que se rotulam comunistas e socialistas, ao invés de
desmascarar as enganações, as mentiras da burguesia, tudo fazem para reforçar
esses discursos, quando levantam bandeiras do tipo: “o petróleo é nosso”, “a
Amazônia é nossa”, “o Banco do Brasil é de Pedro, Paulo, José, Ana”.
Diante desse
quadro de cinismo, dobram as nossas responsabilidades em desconstruir essa ação
nefasta e construir uma verdadeira consciência popular que leve a enxergar, no
capitalismo, o inimigo real de todos os explorados e oprimidos. É de nossa
responsabilidade, como gente consciente, a tarefa de, mesmo diante de tantas
adversidades, levantar bem alto a proposta de construção de uma nova ordem
econômica social que permita a existência da igualdade, da justiça e da paz.
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