quarta-feira, 8 de maio de 2013

“Trezentos Picaretas”




            Há alguns anos, o sr. Lula da Silva, afirmou que no Congresso existiam cerca de trezentos picaretas. Na ocasião, lancei uma pergunta: considerando verdadeira a afirmação desse senhor, resta-nos saber quantos picaretas existem no Partido dos Trabalhadores? Esse questionamento mereceu protestos dos petistas que resolveram, em Congresso estadual, tirar uma moção de repúdio à mim.
            O que vimos depois de Lula presidente, foi ele estabelecer íntimas ligações com os picaretas do Congresso. Não quis o PT manter qualquer entendimento com o velho PMDB ideológico, representado por Ulisses Guimarães, Franco Montoro, Mario Covas, Tancredo Neves e outros líderes da política nacional. Com essa gente os petistas não celebraram nenhum tipo de aliança ou mesmo qualquer entendimento. Entretanto, jogaram-se, de corpo e alma, nos braços do PMDB fisiológico.
            Não bastasse essa esdrúxula comunhão do PT com o fisiologismo, esse partido, sob a batuta de Lula, não teve nenhum constrangimento em selar uma aliança com o sr. Paulo Maluf, em nome da eleição de Fernando Haddad.
            Agora, Lula fala em buscar entendimentos, em São Paulo, com Celso Russomano, figura representativa do que existe de mais rasteiro na política. Falou-se em trezentos picaretas do Congresso Nacional. Hoje, temos uma cifra bem maior deles nas hostes petistas, uma vez que essa agremiação deixou de ter um perfil ideológico para se enredar em práticas ilícitas.
            O “Estado Maior” do petismo é constituído por figuras como Antonio Palocci, que teve a proeza de acumular uma fortuna de 20 milhões de reais, no curto prazo de quatro anos. Ao lado dele, vamos encontrar os senhores José Dirceu, Delúbio Soares, João Paulo, José Genuíno, denunciados e condenados por práticas criminosas.
            Infelizmente, essa é a realidade política que hoje vivemos. Diante dela, cabe-nos denunciar com veemência, essa situação e, buscar construir alternativas que levem em conta a existência de uma sistema capitalista exaurido e a urgente necessidade de implementar políticas voltadas para a transformação social, ou seja para a negação do capitalismo e portanto pela viabilização de um projeto socialista.

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