Há
alguns anos, o sr. Lula da Silva, afirmou que no Congresso existiam cerca de
trezentos picaretas. Na ocasião, lancei uma pergunta: considerando verdadeira a
afirmação desse senhor, resta-nos saber quantos picaretas existem no Partido
dos Trabalhadores? Esse questionamento mereceu protestos dos petistas que
resolveram, em Congresso estadual, tirar uma moção de repúdio à mim.
O
que vimos depois de Lula presidente, foi ele estabelecer íntimas ligações com
os picaretas do Congresso. Não quis o PT manter qualquer entendimento com o
velho PMDB ideológico, representado por Ulisses Guimarães, Franco Montoro,
Mario Covas, Tancredo Neves e outros líderes da política nacional. Com essa
gente os petistas não celebraram nenhum tipo de aliança ou mesmo qualquer
entendimento. Entretanto, jogaram-se, de corpo e alma, nos braços do PMDB
fisiológico.
Não
bastasse essa esdrúxula comunhão do PT com o fisiologismo, esse partido, sob a
batuta de Lula, não teve nenhum constrangimento em selar uma aliança com o sr.
Paulo Maluf, em nome da eleição de Fernando Haddad.
Agora,
Lula fala em buscar entendimentos, em São Paulo, com Celso Russomano, figura representativa
do que existe de mais rasteiro na política. Falou-se em trezentos picaretas do Congresso
Nacional. Hoje, temos uma cifra bem maior deles nas hostes petistas, uma vez
que essa agremiação deixou de ter um perfil ideológico para se enredar em
práticas ilícitas.
O
“Estado Maior” do petismo é constituído por figuras como Antonio Palocci, que
teve a proeza de acumular uma fortuna de 20 milhões de reais, no curto prazo de
quatro anos. Ao lado dele, vamos encontrar os senhores José Dirceu, Delúbio
Soares, João Paulo, José Genuíno, denunciados e condenados por práticas criminosas.
Infelizmente,
essa é a realidade política que hoje vivemos. Diante dela, cabe-nos denunciar
com veemência, essa situação e, buscar construir alternativas que levem em conta
a existência de uma sistema capitalista exaurido e a urgente necessidade de
implementar políticas voltadas para a transformação social, ou seja para a negação
do capitalismo e portanto pela viabilização de um projeto socialista.
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