segunda-feira, 27 de maio de 2013

Por que tão fortes?



            É fácil constatar que o capitalismo tem vivido seguidas e graves crises, manifestadas em seus países mais avançados. São exemplos patentes, as crises que atingem os EUA, a Europa Ocidental, o Japão, centros vitais do aludido sistema socioeconômico. As crises postas com tanta evidência têm um caráter estritamente econômico e financeiro.
            Enquanto no âmbito econômico e financeiro ele se mostra bastante vulnerável, goza de uma forte capacidade política em manter-se como força hegemônica no mundo. Simplificando diríamos: O capitalismo dá sinais de profundas fragilidades quanto à sua economia, porém, mostra-se bastante forte politicamente. Qual seria a razão para tamanha e gritante contradição?
            A resposta é muito fácil e está ao alcance de todos nós que estejamos propensos a enxergar a realidade, e essa realidade consiste no fato de que não existe, em escala mundial, qualquer movimento de caráter anticapitalista com a robustez necessária para, aproveitando as crises que se sucedem, poder encetar golpes mortais sobre sistema exaurido.
            A história do movimento socialista tem se caracterizado por uma sucessão de derrotas. Podemos assinalar, como um grande momento de derrota, quando nos anos 1912/13 que antecederam a Grande Guerra, a proposta burguesa de defesa da pátria, sobrepôs-se de forma triunfal a política socialista no sentido de empenhar-se em evitar a guerra mundial interimperialista e, não sendo possível evitá-la, transformar o conflito bélico em insurreições socialistas.
            Os partidos socialistas europeus, sob pressão política da burguesia imperialista, naquela ocasião, transformaram-se, regra geral, em partidos social-patriotas. Esse fato levou a que se consumasse em escala mundial, a vitória da contrarrevolução e dela emergiu triunfante o fenômeno do stalinismo, que se transformou em eficiente linha auxiliar de sustentação do capitalismo. Eis aí a razão, pela qual o capitalismo imperialista está tão forte politicamente, enquanto o socialismo padece da mais soberba esqualidez.



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