Cultura
stalinista
Gilvan
Rocha (*)
Com a derrota da revolução
socialista, em escala mundial, na década de vinte do século passado, surgiu um
fenômeno político que recebeu o nome de stalinismo.
É necessário deixar claro que esse fenômeno não foi criação de psicopatas, figuras
diabólicas. Isso não! Ele foi produto de uma situação histórica, sem que se
possa negar o papel de bandidos, traidores, traídos, heróis e mártires nesses
processos.
O advento do stalinismo gerou
situações absurdas. A primeira e a mais grave delas foi a de quer, derrotada a
proposta socialista, colocou-se em seu lugar, a construção do capitalismo de Estado.
Essa construção do capitalismo teve um custo social extremamente alto, e tudo foi
feito sob os carimbos do socialismo e do comunismo.
Atropelando os princípios mais
primários do marxismo, foi formulada a tese da “construção do socialismo em um
só país”. Promulgada essa “sentença”, a URSS autoproclamou-se “pátria mãe do
socialismo” e, concomitantemente, revogou todos os princípios da democracia política,
legados pela revolução democrática burguesa. Estabeleceu o mais completo
totalitarismo e passou a considerar todo e qualquer dissidente como “inimigo do
povo”, “sabotadores”, “divisionistas”, “agentes do imperialismo” e outras
acusações do gênero. Os dissidentes, enquadrados nessas acusações, de forma
unilateral e arbitrária, eram perseguidos, presos, torturados e, muitas vezes,
executados.
O Partido Comunista russo autoproclamou-se “o povo eleito de
Deus” e, todo aquele que não rezasse em sua cartilha, deveria ser jogado no “fogo
do inferno”. Tudo se tornava justo em nome da “causa” da qual eles, os
stalinistas eram, e ainda são, os mais fiéis representantes.
Esse quadro político permitiu que
se criasse uma prática baseada nos mais torpes métodos. No começo, foram os
famosos processos de Moscou e, depois, essa prática se espalhou mundo afora.
Mentindo, caluniando, desqualificando e, sobretudo, conspirando em torno de
projetos no sentido de conquistar eventuais aparelhos, sejam eles partidários,
sindicais, institucionais, stalinismo institui a pratica da má conduta
A lealdade e a retidão passaram a
ser coisas da “moral pequena burguesa” e, assim, implantou-se um fazer que revelava e revela a degeneração do
proceder político, comportamentos próprios da contrarrevolução, cujo um dos
pilares é o stalinismo nas suas mais diversas roupagens, inclusive o stalinismo-trotskismo.
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