VERDE, UM BOM NEGÓCIO!
Certo “marxista-leninista” da nossa
província, publicou um artigo: Elite burra.
Referia-se a burguesia. Assim sendo, a verdade é o contrário.
A burguesia nasceu do ventre do
feudalismo e evoluiu enfrentando todos os tropeços, conquistando suas vitorias.
Ela soube estabelecer uma aliança com a monarquia para conquistar o absolutismo
de importância vital para o seu desenvolvimento.
Através de uma dúzia de talentosos
intelectuais construiu um projeto de nova ordem econômica e social, capaz de
garantir o avanço da humanidade. Conseguiu promover a sua revolução e a fez em
caráter radical, como foi o caso da Revolução Francesa. Conquistado o poder, liderando
as massas trabalhadoras tratou de consolidá-lo à duras penas. Conduziu com sabedoria
a guerra imperialista e nela derrotou o projeto socialista do internacionalismo proletário e impôs a
existência de uma esquerda direitosa, distanciada das postulações
revolucionárias e defensora do social-patriotismo. Soube sufocar seus opositores
e reduzi-los em guetos. Entrou em conluio com os países indevidamente chamados
de socialistas e os faz seus aliados de forma que o mundo fosse divido em áreas
de influência, sem que ela, a burguesia, perdesse a hegemonia política mundial.
Vê-se que a “elite” soube cumprir seus
deveres de casa, enquanto a esquerda direitosa afastou-se, quilometricamente,
dos princípios revolucionários para adotar uma sequência de dogmas, negando todos
os princípios da causa socialista.
Tudo a velha burguesia procura
transformar em “bom negócio”. Hoje está em pauta a defesa do meio-ambiente e
logo eles aderem de malas e bagagens e muitos deles transformam essa bandeira
em rentáveis empreendimentos. O capitalismo
verde tem em Marina Silva uma expressão de poder político, enquanto a
esquerda direitosa, mal informada, limita o seu discurso ao empenho de
construir uma cultura de preservação do meio-ambiente, sem responder ao fato de
que o grande predador do planeta é o capitalismo, e é contra ele que devemos
apontar as nossas armas.
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