Teses de abril
As
teses de abril, formuladas por Vladimir Lenin, não foram nada originais.
Naquele documento político, Lenin aderiu à tese da revolução permanente,
formulada por Trotsky e Parvus, valendo lembrar que, sobre o assunto, já havia
se reportado Karl Marx.
A
questão central da tese consiste em dizer que, em alguns países retardatários,
o processo revolucionário poderia desembocar na revolução socialista. Isso,
porém, só poderia acontecer caso essas presumidas revoluções estivessem,
intimamente, ligadas a um processo vitorioso do socialismo nos países
capitalistas avançados. Mas isso não aconteceu na Rússia, assim como não
aconteceu na China. Daí, tudo ter degringolado e se ter erigido, em nome do
socialismo, a contrarrevolução, cujo instrumento mais eficaz foi a Terceira
Internacional Comunista.
Nesse
longo processo não houve meia derrota; ela foi total e acachapante e, como
prova disso, está a hegemonia política, que hoje goza o capitalismo
imperialista, enquanto o socialismo está reduzido a pequenos grupos de
resistência.
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